← Voltar Publicado em

Modo automático

A rotina do dia a dia padece num estado de automatismo. Está no automático acordar, arrumar-se, tomar café, ir para o trabalho, voltar para casa, dormir e assim sucessivamente. A vida, as pessoas e os lugares passam por nós num modo normal e comum. Na maioria das vezes não percebemos o que está acontecendo a nossa volta ou no mundo porque não queremos perceber, pois, incomoda e machuca de algum jeito, logo deixamos de lado. Assim também acontece quando queremos esquecer nossos conflitos internos e externos, independente do enfrentamento que tenhamos que encarar ignoramos, sendo o incomodo ´´suprido`` por alguma dependência afetiva, em vícios ou distração, de maneira geral algo que de sensação de alívio e prazer imediato, provocando o ciclo vicioso de viver inconscientemente.A fuga do enfrentamento consiste em sustentar os problemas em nós de maneira que continue nos atingindo dado em alguma circunstância da vida e expondo essas feridas, levando aos mesmos erros, fracassos e angústias. Vivemos inconscientemente porque é difícil confrontar a nossa zona de conforto, acreditamos ou ansiamos acreditar que o distanciamento seja mais fácil.

Quando não nos conhecemos verdadeiramente não conseguimos entender nosso padrão de comportamento, nossos traumas, medos, inseguranças e consequentemente não entendemos o fundamento de certas escolhas e, porque agimos de tal forma. Para compreender o motivo das nossas decisões, do caminho que escolhemos e de nossas ações, bem como, para haver mudança em nós e no que desejamos mudar é preciso buscarmos autoconhecimento.

O autoconhecimento nos permite despertar para o que está dentro e fora de nós. Passamos a enfrentar e confrontar a nós mesmos. É preciso doses de coragem diariamente. Olhar para si quer dizer também olhar para o outro, conhecer a si, significa igualmente conhecer o outro. Nesse processo longo, libertador, de Despertar e por vezes doloroso está a nossa essência, o que somos e procuramos transmitir para o mundo. O autoconhecimento abre a porta para vivermos conscientemente, consciente dos nossos julgamentos, atitudes e percepções. A partir disso vem as mudanças de crenças (muitas delas limitantes e que reprime o nosso potencial e comportamento) trazendo para a superfície nossa autenticidade e atraindo sentido para vida.