O que somos?

Em algum momento da vida nos perguntamos quem somos. Temos a necessidade de nos definirmos, de dar sentido ao nosso estar no mundo. Procuramos saber e descrever por nós e pelo outro, que por vezes nos questiona, seja na biografia da rede social, numa redação de emprego ou em um encontro que acabou de acontecer. Geralmente respondemos quem somos pelos nossos nomes, ofícios, idade. Isso também corresponde a nós, porque faz parte da nossa história, mas sabemos que não é tudo. Ser capaz de entender e dizer quem somos verdadeiramente implica em autoconhecimento.

Precisamos ir ao profundo da nossa alma, lá na nossa essência. Mergulhar nas nossas feridas, medos. Buscar nossa paixão, o que nos dá força, motiva. Descobrir o que nos impulsiona e trava, o que nos dá orgulho e incredulidade. Questionar nossos defeitos, nos perguntar quem fez e o que faz parte de quem nos tornamos. Relembrar por onde andamos, o que deixamos e carregamos.

Exige também convivência. No convívio nós mostramos e escondemos, deixamos marcas e somos marcados. Há encontros e desencontros. Ao estar vamos sendo construídos e nossas crenças sendo formadas, definindo como nos sentimos e nos comportamos. 

No fim, ao longo da nossa existência, somos o que pensamos de nós, como percebemos o mundo e a maneira como lidamos com os nossos limites e o do outro. Podemos ser inteiros ou fragmentados, intensos ou rasos. Alguns de nós somos de fases, outros de momento e há ainda aqueles feitos de uma vida inteira.